domingo, agosto 27, 2006

33 ANOS

Pois é aqui estou com meus recentes 33 anos completos! Que maravilha...minha prima Patricia me disse: você tem que escolher entre envelhecer ou morrer...não precisa nem perguntar o que eu prefiro né!
Fizemos um super encontro, e nos divertimos muito, pena que o dia passou tão rápido!
Quando as pessoas começam a se despedir, vai me dando uma angústia, um certo desespero..."não se vá". Parece que nunca é suficiente...você quer usufruir daquelas companhias maravilhosas, e não dá conta!
Mas acho que todos puderam se divertir um pouco!
E continuamos por aí!











domingo, agosto 13, 2006

Medo de borboletas










Pois é, ontem fiz um trabalho árduo de busca de artigos e seminários dos quais participei, e achei muitas coisas interessantes, aliás, bem mais interessantes do que aquelas que eu pretendia colocar no meu currículo!
Digo isso porque a gente passa a vida juntando experiências, mas aquelas que vão para a vitrine (o currículo) nem sempre são as mais legais, nem sempre mostram o quanto a gente é maluco, o quanto somos diversos e interessantes.
No currículo a gente tem que mostrar aquilo que sabemos fazer, temos que fazer uma propaganda daquilo que queremos vender, mas que coincida necessariamente com o que os outros querem comprar.
Porque alguém me contrataria para algum trabalho se eu dissesse no currículo que tenho medo de borboletas? Eis a questão...Quer saber: eu acho muito mais interessante eu dizer que tenho medo de borboletas do que dizer que sei usar o Exel (todo mundo sabe usar o exel, mas ninguém tem medo de borboletas, e este é o meu diferencial!).
Eu tenho pânico...aquelas asinhas coloridas, ou pior, aquelas pretas, desengonçadas, que te confundem o olhar...que horror...eu já passei cada situação por causa desse bichinho cretino...eu perco o rumo ao me deparar com uma borboleta!
Certa manhã de inverno em São Paulo, eu esperava pelo ônibus, para ir trabalhar. Estava tudo escuro ainda, e poucas pessoas estavam no ponto de ônibus. De repente, eu percebo algo suspeito...algo confundindo a luz que vinha do poste, algo que parecia muito grande e descia do céu...meu Deus, era uma daquelas asquerosas mariposas, grande e marrom, atabalhoada pelas ruas. Eu pensei comigo: "quanto você quer apostar que ela virá em cima de mim?" Pena que não apostei, senão tinha garantido o dinheiro da passagem naquele dia! Ela veio com tudo, e lógico, eu saí correndo, gritando...ninguém entendia aquilo, as pessoas olharam e, coitadas, disfarçaram, porque foi uma cena tão ridícula, que não merecia o deboche, não merecia qualquer consideração...eu sei que merecia o desprezo: porque uma pessoa que sai de casa, cheirosa, cheia de amor pela vida, cheia de expectativas e disposta a ser mais do que é realmente, corre de uma mariposa?
Pois é, mas eu tenho nojo, medo e algo mais, algo que me estarrece, que me faz perder o juízo e qualquer senso de racionalidade. Mas, vou dizer, todo mundo tem um medo patético qualquer, e as histórias são muito engraçadas. Até aqueles que riem, que dizem: "que isso, que bichinho infensivo", até esses tem medo mas não assumem.
Uma vez na república que eu morava lá em Guarartinguetá, na época da faculdade, tinha um monte de gente, eu e e um grilo (enorme!). Niguém quis tirar ele de lá, todos diziam: "deixa o bichinho, ele é inofensivo" "blá blá blá". Como eu não consigo permanecer num ambiente com esses intrusos, peguei uma vassoura e fui pra cima do verdinho...pra quê...não sobrou ninguém na hora que o bicho voou! Muito bonito né! Prefiro ser ridícula assumida do que ficar fingindo e depois passar por isso!
Tem mais uma história, que é engraçada, mas não quero esgotar o repertório, até porque iso é impossível. Foi numa outra casa lá em Guará, estávamos num bate papo descolado, com amigos "intelectuais" e cervejeiros, e eis que entra um morcego, pobre descontrolado, mas sem que ninguém percebesse. É porque ele veio por um lado da casa que estava escuro, e quando chegou na sala, com a luz acesa, ficou no chão, sem muita reação. Quando nos demos conta, foi gente saindo por tudo quanto era porta...precisa dizer que foi patético também? Aquele monte de intelectual pensando numa solução biotecnologicamente correta de tirar o asqueroso de perto, mas todos tinham pânico...o debate se aprofundava com a noite, o bicho impedia que renovássemos a cerveja no copo...a cozinha estava do outro lado...precisou minha amiga, a Gisélia, ir até lá e mostrar quem é que mandava no pedaço. Pegou o bicho pelas asas e lançou-o pela janela...ele se foi, e todos nós ficamos com aquela cara... A Gisélia é a única pessoa que eu conheço que realmente não tem medo de insetos e outros bichinhos estranhos. Em compensação (porque ela seria mais normal do que os outros?) ela tem medo de dirigir (muito estranho, não acham?)
Enfim, acho que o currículo deveria conter um campo de informações para que você pudesse mostrar seu lado mais patético; outro campo em que você falasse sobre as coisas que realmente acha interessante; e outro que pudesse contar a verdade sobre o que acha daquele emprego...
De perto ninguém é normal e eu acho isso o máximo!